Brasília, 8 de março de 2021 - O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) organizou o encontro “Promoção do Estado de Direito por meio do engajamento juvenil”, um evento paralelo ao 14º Congresso das Nações Unidas de Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, realizado em Kyoto, no Japão.
Organizado em parceria com a organização MUN Impact, o evento contou com a presença de lideranças jovens de várias partes do mundo que, inspiradas pela iniciativa Educação para a Justiça (E4J) e pelo Programa Embaixadores da Juventude do UNODC no Brasil, buscaram promover o Estado de Direito e a prevenção à criminalidade em suas comunidades.
Os participantes debateram os principais desafios identificados no engajamento juvenil em direção à Agenda 2030, as diferentes formas pelas quais os jovens são impactados pelo crime e pela violência em suas comunidades e quais as possibilidades de fortalecimento da atuação da juventude local e global para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O papel da Educação para instrumentalizar iniciativas da juventude também foi amplamente discutido ao longo da sessão. Para Aira Cardoso, participante do Amapá e embaixadora da juventude do UNODC, “é fundamental assegurar que o conhecimento sobre Estado de Direito seja acessível e democrático à população jovem, assim como amplamente difundido ao longo do tecido social”.
Kudzai Mukaratirwa, líder do Zimbábue em projetos de desenvolvimento da juventude e prevenção à violência de gênero no Leste Africano, destacou que a falta de conhecimento sobre leis, instituições e serviços sociais em sua comunidade representa um desafio para o engajamento da juventude no fortalecimento do Estado de Direito. Kudzai também enfatizou o impacto da corrupção como fator central na desconfiança entre jovens e instituições.
Para Rahmatullah Hamdard, Afegão fundador da organização Hope for Education and Leadership in Afghanistan (HELA), “é necessário que a juventude seja incluída em diálogos e processos de tomada de decisão.
O encontro também evidenciou o impacto positivo das inovações tecnológicas surgidas durante a pandemia do COVID-19, com a mobilização em redes entre jovens, que seguem motivados para atuar ativamente no alcance global da Agenda 2030, apesar dos múltiplos novos desafios.
Rodrigo Araújo, coordenador de país da iniciativa Educação para a Justiça (E4J) e moderador da sessão afirmou que o momento é de "celebração das conquistas alcançadas" pelo segmento jovem na promoção do Estado de Direito. Para ele, os jovens tornam-se "agentes ativos de mudança e impacto social, e não mais vítimas e espectadores das consequências negativas da violência, da criminalidade e da ausência da cultura de legalidade”.
Para mais informações acesse: http://www.agenda2030.com.br/