Brasília, 14 de julho de 2022 - O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Campus Baixada Santistas promoveram a Reunião Nacional sobre Prevenção Combinada do HIV e linhas de cuidado para mulheres que fazem uso de drogas. O evento foi realizado em Santos (SP), entre os dias 27 e 30 de junho, e reuniu representantes da gestão pública, da academia e da sociedade civil, além de organizações internacionais e da comunidade geral.
O objetivo foi desenvolver um conjunto de recomendações voltadas ao enfrentamento das barreiras de acesso que mulheres que usam álcool e outras drogas enfrentam para acessar ações de prevenção, diagnóstico, tratamento, atenção e cuidado em relação ao HIV, que atenda a integralidade de suas diversas demandas.
“Em um país tão amplo como o Brasil, é preciso estarmos atentas às mulheres que enfrentam intersecções de vulnerabilidades para que não sejam deixadas para trás. Entre elas, as mulheres que usam álcool e outras drogas, de forma que possam ter amplo acesso aos serviços e ao suporte adequados às suas necessidades e sejam incluídas nas tomadas de decisão relacionadas ao HIV”, explica a supervisora de proteção social do UNODC no Brasil, Nara de Araújo.
A reunião está alinhada à nova Declaração Política sobre HIV e AIDS: Acabando com as Desigualdades e Entrando no caminho certo para acabar com a AIDS até 2030 e à Estratégia global para AIDS 2021 – 2026, que se propõe a romper barreiras para alcançar resultados sobre HIV, com foco em “Respostas lideradas pela comunidade, Direitos Humanos, Igualdade de Gênero e juventudes”. Entre as metas, é esperado que 95% das mulheres tenham acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva até 2026.
Participaram da visita por parte do Ministério da Justiça do Paraguai, a diretora de Assistência Legislativa e Normativa, Mirna Carolina Morinigo; a diretora do Instituto Técnico de Educação e Formação Penitenciária, Fatima Cabrera; e o assessor, Alberto Ocampos.
Para Luciana Surjus, docente do programa de pós-graduação em Políticas Públicas da UNIFESP e líder do grupo de pesquisa e extensão Div3rso, a universidade precisa se comprometer com as respostas às questões do entorno. “Juntar todas essas mulheres cis e trans produtoras de conhecimento que resistem a experiências de violência é a possibilidade real de que a gente una forças para poder informar uma política pública que proteja, ouça e responda às necessidades das mulheres”, completa Luciana.
Assista ao vídeo da Reunião Nacional de Prevenção Combinada ao HIV e linhas de cuidado para mulheres que fazem uso de drogas.