UNODC lança projeto piloto para monitorar preços de drogas ilícitas no Brasil

alt text is missing

Brasília, 31 de março de 2022 - O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), iniciou, nesta semana, o Projeto Piloto de Monitoramento do Mercado de Drogas Ilícitas no Brasil. Para apresentar o projeto, uma reunião interinstitucional foi realizada nos dias 28 e 29 de março, no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em Brasília.

A iniciativa foi realizada no âmbito do Centro de Excelência para a Redução da Oferta de Drogas Ilícitas (CdE), que é fruto de uma parceria inovadora entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (SENAD/MJSP), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). A proposta do CdE é contribuir com informações qualificadas sobre a oferta de drogas no país por meio do compartilhamento de evidências científicas sobre os mercados de ilícitos.

Na ocasião, foi lançado o boletim temático “Monitoramento de Preços de Drogas Ilícitas: Lições aprendidas na Colômbia e possíveis desafios no Brasil”, elaborado em parceria com o SIMCI. O objetivo do boletim é introduzir a questão sob uma perspectiva técnica, por meio de experiências internacionais documentadas e, principalmente, tendo como referência as lições aprendidas na Colômbia.

A mesa de abertura contou com a participação de representantes da SENAD/MJSP, do PNUD e do UNODC, que também contou com interlocutores do Sistema Integrado de Monitoramento de Cultivos Ilícitos (SIMCI), projeto do UNODC na Colômbia. Também participaram das atividades representantes dos Estados do Mato Grosso, Paraná, Pernambuco e São Paulo, locais onde o projeto piloto será implementado.

“Essa pesquisa busca, a partir da coleta e análise de dados, do conhecimento local, junto com a experiência de mais de vinte anos do Escritório do UNODC na Colômbia, fornecer subsídios para a ampliação do monitoramento do mercado de drogas ilícitas, baseado no indicador de preços dessas substâncias”, afirmou a representante do UNODC, Elena Abbati.

Sobre o CdE 

O CdE é fruto de parceria entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SENAD/MJSP), o UNODC e o PNUD no Brasil, para contribuir com informações qualificadas sobre a oferta de drogas no país por meio do compartilhamento de evidências científicas relacionadas aos mercados de ilícitos. 

Sobre o SIMCI

O SIMCI é um projeto do UNODC de caráter tecnológico que, além de monitorar o cultivo de ilícitos há duas décadas, promove estudos em áreas relacionadas, tendo desenvolvido uma metodologia para estimar o preço de drogas ilícitas em diferentes regiões da Colômbia.  Desde 1999, por meio do uso de satélites e verificação de campo, o projeto calcula a extensão das áreas de cultivo ilícito de coca e o potencial de produção de cloridrato de cocaína no país, construindo séries históricas que subsidiam relatórios anuais sobre o tema. 

Além disso, o SIMCI promove estudos temáticos sobre o cultivo de maconha e papoula, sobre as substâncias químicas empregadas na produção de drogas e sobre a extração ilícita de minerais. O modelo de pesquisa do projeto, com enfoque geográfico, se sustenta na construção de informação primária, no trabalho de campo e no desenho de indicadores para a obtenção de dados.

 

Para saber mais: 

https://www.cdebrasil.org.br/

Drug trafficking (unodc.org)

simci (unodc.org)