O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o órgão dirigente do futebol mundial, a Federação Internacional de Futebol (FIFA), assinaram um acordo para intensificar a cooperação e enfrentar as ameaças do crime no esporte.
O acordo assinado na sede do UNODC em Viena pela diretora-executiva do organismo das Nações Unidas, Ghada Waly, e pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, compromete-se a adotar o futebol como veículo para fortalecer a resiliência dos jovens ao crime e ao uso de substâncias por meio de treinamento de competências para a vida.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o órgão dirigente do futebol mundial, a Fédération Internationale de Football Association (FIFA), assinaram um Memorando de Entendimento para intensificar a sua cooperação conjunta para enfrentar as ameaças do crime no esporte.
O Memorando de Entendimento, que foi assinado na sede da UNODC em Viena pela diretora-executiva do UNODC, Ghada Waly, e pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, durante o evento “Tackling Corruption and Crime in and through Sport”, também se compromete a considerar formas de utilizar o futebol como veículo para fortalecer a resiliência dos jovens ao crime e à utilização de substâncias por meio da oferta de treino de competências para a vida.
A diretora-executiva do UNODC, Ghada Waly, afirmou que o esporte ajuda no desenvolvimento de crianças e jovens. “Precisamos mais do que nunca dele no pós-pandemia da COVID-19 para tornar as pessoas mais saudáveis e felizes e trazer os empregos de volta. Entretanto, para aproveitar o poder do esporte precisamos proteger a integridade desportiva”.
“Acredito que a FIFA, o órgão dirigente internacional do futebol, e as Nações Unidas, a organização mundial, são aliados formidáveis, e estou muito satisfeita que o UNODC e a FIFA tenham unido forças ao assinar este Memorando de Entendimento para salvaguardar o futebol e os eventos esportivos da corrupção, promover a prevenção do crime juvenil e manter as crianças e os jovens atletas imunes à violência e à exploração”, completou a diretora-executiva do UNODC.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, explicou que desde 2016 a nova FIFA deu passos significativos em relação à boa governança e na área da integridade do futebol, incluindo a luta contra a manipulação de jogos e a proteção de crianças no futebol.
“Hoje, a assinatura do Memorando de Entendimento com a UNODC é um marco para a organização e sublinha o compromisso absoluto da nova FIFA e de mim mesmo, com uma política de tolerância zero em relação à corrupção no futebol: nunca mais! Também mostra nosso compromisso de colocar o futebol a serviço da sociedade e usá-lo como uma ferramenta para apoiar a realização dos objetivos das políticas públicas e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.
“Sentimo-nos honrados em ter um parceiro como o UNODC, pois reuniremos esforços para fortalecer ainda mais a integridade do futebol e para usar o poder singular do belo jogo para promover valores e habilidades de vida para fomentar o desenvolvimento juvenil e a prevenção do crime”, afirmou o presidente da FIFA.
A assinatura do Memorando ocorreu em meio a esforços intensificados para mitigar o impacto negativo da COVID-19 no esporte e um compromisso para ajudar o futebol a se recuperar da crise em curto prazo, enquanto o mundo se ajusta ao ‘novo normal’.
Nesse contexto, as discussões entre as duas organizações se concentraram em várias áreas-chave de colaboração, incluindo a proteção de crianças e de jovens vulneráveis no futebol, o combate à manipulação em partidas e à corrupção, o legado das principais competições de futebol, o desenvolvimento de habilidades de vida, a anti-discriminação e a inclusão social por meio do futebol no contexto da prevenção do crime entre os jovens.
O principal objetivo do evento foi conscientizar os delegados dos Estados-nembros, baseados em Viena, sobre os esforços para abordar essas questões, o valor do futebol como veículo para prevenir o crime entre os jovens e o abuso de drogas; e também como ele pode ser usado como um veículo para o desenvolvimento econômico e social.
Dentre os palestrantes do evento estavam os representantes da Austrália, da Nova Zelândia, da Federação Russa e do Qatar. Todos eles destacaram os esforços de seus respectivos governos nessas áreas.
O Memorando de Entendimento prevê a cooperação entre o UNODC e a FIFA em diversas áreas, incluindo assistência técnica e capacitação, coordenação política e conscientização, e desenvolvimento de estudos, material de treinamento e diretrizes. Graças ao novo acordo histórico, o UNODC e a FIFA concentrarão seus esforços em cinco grandes áreas de trabalho:
- apoio na capacitação e nos programas de treinamento na área de combate e prevenção à manipulação de eventos esportivos;
- apoio no trabalho conjunto relacionado à boa governança, à promoção da integridade e à salvaguarda dos eventos esportivos e das organizações contra a corrupção e o abuso de poder (por exemplo: sistemas de controle eficazes);
- apoio no uso do esporte como ferramenta para o desenvolvimento da juventude, prevenção do crime e prevenção do uso de substâncias, inclusive por meio do fornecimento de treinamento de habilidades para a vida;
- intercâmbio de informações e perícia em relação à prevenção da corrupção no esporte e, em particular, da manipulação de competições (por exemplo: participação em conferências, reuniões regulares, contribuição para estudos);
- desenvolvimento de ferramentas técnicas e publicações.
O UNODC também concordou em participar de um processo de consulta lançado pela FIFA, que inclui organizações esportivas, autoridades intergovernamentais, governos e agências especializadas com o objetivo de estabelecer uma entidade internacional independente, multiesportiva e multi-agência para investigar casos de abuso no esporte. O mandato da tal organização incluiria:
- estabelecimento de linhas de denúncia confiáveis;
- formação de um grupo global de peritos, que pode ser prontamente mobilizado para fornecer gerenciamento de casos especializados e apoio de cuidados às vítimas, testemunhas e denunciantes, localmente;
- padronização de sanções e medidas disciplinares;
- estabelecimento de processos de triagem para garantir que os perpetradores não possam se mover de uma região para outra, entre diferentes esportes, nem escapar da justiça.
“Hoje, a assinatura do Memorando de Entendimento com a UNODC é um marco para a organização e sublinha o compromisso absoluto da nova FIFA e de mim mesmo, com uma política de tolerância zero em relação à corrupção no futebol: nunca mais! Também mostra nosso compromisso de colocar o futebol a serviço da sociedade e usá-lo como uma ferramenta para apoiar a realização dos objetivos das políticas públicas e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.
“Sentimo-nos honrados em ter um parceiro como o UNODC, pois reuniremos esforços para fortalecer ainda mais a integridade do futebol e para usar o poder singular do belo jogo para promover valores e habilidades de vida para fomentar o desenvolvimento juvenil e a prevenção do crime”, afirmou o presidente da FIFA.
A assinatura do Memorando ocorreu em meio a esforços intensificados para mitigar o impacto negativo da COVID-19 no esporte e um compromisso para ajudar o futebol a se recuperar da crise em curto prazo, enquanto o mundo se ajusta ao ‘novo normal’.
Nesse contexto, as discussões entre as duas organizações se concentraram em várias áreas-chave de colaboração, incluindo a proteção de crianças e de jovens vulneráveis no futebol, o combate à manipulação em partidas e à corrupção, o legado das principais competições de futebol, o desenvolvimento de habilidades de vida, a anti-discriminação e a inclusão social por meio do futebol no contexto da prevenção do crime entre os jovens.
O principal objetivo do evento foi conscientizar os delegados dos Estados-nembros, baseados em Viena, sobre os esforços para abordar essas questões, o valor do futebol como veículo para prevenir o crime entre os jovens e o abuso de drogas; e também como ele pode ser usado como um veículo para o desenvolvimento econômico e social.
Dentre os palestrantes do evento estavam os representantes da Austrália, da Nova Zelândia, da Federação Russa e do Qatar. Todos eles destacaram os esforços de seus respectivos governos nessas áreas.
O Memorando de Entendimento prevê a cooperação entre o UNODC e a FIFA em diversas áreas, incluindo assistência técnica e capacitação, coordenação política e conscientização, e desenvolvimento de estudos, material de treinamento e diretrizes. Graças ao novo acordo histórico, o UNODC e a FIFA concentrarão seus esforços em cinco grandes áreas de trabalho:
- apoio na capacitação e nos programas de treinamento na área de combate e prevenção à manipulação de eventos esportivos;
- apoio no trabalho conjunto relacionado à boa governança, à promoção da integridade e à salvaguarda dos eventos esportivos e das organizações contra a corrupção e o abuso de poder (por exemplo: sistemas de controle eficazes);
- apoio no uso do esporte como ferramenta para o desenvolvimento da juventude, prevenção do crime e prevenção do uso de substâncias, inclusive por meio do fornecimento de treinamento de habilidades para a vida;
- intercâmbio de informações e perícia em relação à prevenção da corrupção no esporte e, em particular, da manipulação de competições (por exemplo: participação em conferências, reuniões regulares, contribuição para estudos);
- desenvolvimento de ferramentas técnicas e publicações.
O UNODC também concordou em participar de um processo de consulta lançado pela FIFA, que inclui organizações esportivas, autoridades intergovernamentais, governos e agências especializadas com o objetivo de estabelecer uma entidade internacional independente, multiesportiva e multi-agência para investigar casos de abuso no esporte. O mandato da tal organização incluiria:
- estabelecimento de linhas de denúncia confiáveis;
- formação de um grupo global de peritos, que pode ser prontamente mobilizado para fornecer gerenciamento de casos especializados e apoio de cuidados às vítimas, testemunhas e denunciantes, localmente;
- padronização de sanções e medidas disciplinares;
- estabelecimento de processos de triagem para garantir que os perpetradores não possam se mover de uma região para outra, entre diferentes esportes, nem escapar da justiça.