UNODC e CdE participam de Seminário na 23a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas
Brasília, 29 de junho de 2021 - O III Seminário Intersetorial de Prevenção, Conscientização e Combate às Drogas foi encerrado na última sexta-feira (25) com uma discussão em torno de quatro painéis: a importância da cooperação de organizações internacionais e entidades locais nas ações contra as drogas no Brasil, a descapitalização do crime organizado como forma de fortalecimento das políticas de apreensão, fundamentos sobre repressão ao narcotráfico e a relação do jovem com as drogas no trânsito.
A representante do Escritório do UNODC no Brasil, Elena Abbati apresentou o Relatório Mundial sobre Drogas 2021, com alguns dos principais dados e tendências globais sobre produção, tráfico e consumo de drogas em todo o mundo, com detalhes do mercado de opiáceos e da cannabis, cocaína e estimulantes como anfetaminas. Segundo o estudo, o consumo de drogas teve relação com a morte de quase meio milhão de pessoas em 2019. “O UNODC segue disponível para trabalhar com seus Estados-membros para combatermos as ameaças causadas pelas drogas, em especial no mundo pós-Covid, sem deixar ninguém para trás”.
Representante da Organização dos Estados Americanos (OEA), a chefe da unidade de Redução da Demanda da Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD), Jimena Kalawsk, apresentou o Plano de Ação Hemisférico sobre Drogas 2021-2025. Alinhado aos princípios da Nova Política sobre Drogas brasileira, de 2019, o plano tem o objetivo de fortificar, nos próximos quatro anos, políticas integradas para a redução da demanda, com enfoque na saúde pública, com ações sustentadas em evidências científicas e no estabelecimento de um programa de prevenção universal e integrado.
Cooperação
A pesquisadora e coordenadora do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (INPAD), Clarice Madruga, enfatizou que, para embasar e guiar a política de drogas no Brasil, em especial na política de regulamentação e prevenção no uso de drogas, é fundamental que a cooperação entre entidades nacionais e internacionais seja fortalecida.
Participaram do painel sobre estratégias de ativos apreendidos no contexto do tráfico e do mercado ilícito, o diretor de Políticas Públicas e Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Gustavo Camilo Baptista, o coordenador do Centro de Excelência para a Redução da Oferta de Drogas Ilícitas, Gabriel Andreuccetti, e o diretor de Gestão de Ativos da Senad, Giovanni Magliano Junior.
Camilo destacou a convergência de ações da SENAD com a Polícia Federal e outras polícias no que se refere à mudança das estratégias na apreensão de drogas e desarticulação do tráfico. “Temos trabalhado de maneira harmônica nessa mudança de paradigmas, que, creio, reflete o amadurecimento conjunto de pensamento dos diferentes órgãos para essa nova estratégia, que é a descapitalização das organizações criminosas. Se os órgãos se aproximarem cada vez mais e alinharem essa estratégia, é plausível que nos próximos anos teremos novos frutos, tanto no que se refere à manutenção desse ciclo virtuoso como na gestão de ativos e fundos”.
Também participaram do painel o especialista em gestão de ativos e inteligência financeira do Centro de Excelência para Redução da Oferta de Drogas Ilícitas (CdE) do UNODC, Cláudio Monteiro, e o representante da coordenadoria-geral de Polícia de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas da Polícia Federal, delegado Luiz Melo.
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