Educação inovadora é tema do Dia Internacional da Juventude de 2019
Brasília, 16 de agosto de 2019 - No dia 12 de agosto é celebrado o Dia Internacional da Juventude. Este ano, a data foi celebrada na sede da Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) sob o lema Transformação na Educação. O evento contou com a participação de diretores e funcionários de diversas agências do sistema ONU Brasil.
Ao abrir o evento, o coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Niky Fabiancic afirmou que a juventude é "para todas as pessoas que têm essa capacidade para sonhar e agir de modo a transformar o mundo e a sociedade a seu redor", comentou.
Em 2019, a celebração do Dia Internacional da Juventude completa 20 anos. A ONU, em todo esse tempo, tem buscado reconhecer o papel dos jovens líderes na busca de um mundo mais justo. O tema deste ano - Transformação na Educação - nos faz pensar sobre "que transformações queremos ver na educação para melhor preparar os jovens para serem protagonistas no mundo que está chegando", acrescentou Niky.
As dificuldades enfrentadas por jovens para permanecerem no ambiente educacional, sejam por questões financeiras ou raciais ou de gênero, os obstáculos para acessar esses ambientes perpetuam ciclos de pobreza e desigualdade foram alguns dados mencionados sobre educação no Brasil e no mundo.
A educação deve, nesse sentido, ser vista como um multiplicador de direitos. Por meio dela, jovens podem entender e reivindicar seus direitos de acesso à justiça, à saúde, ao trabalho digno.
Embaixador da Juventude do UNODC em discurso no evento. Foto: UNODC |
Jovens funcionários de diversas agências da ONU no Brasil se pronunciaram sobre a importância da educação em suas vidas, bem como sobre desigualdades sociais que buscam desconstruir.
"É necessário investir na juventude, ou melhor, é necessário perder o medo de investir na juventude. Em um contexto em que, em 2016, 350 mil jovens morreram de morte violenta intencional, quanto vale a vida de um jovem? Quanto vale investir na juventude?". Ponderou o assistente sênior de programa do UNODC, Rodrigo Araújo.
Rodrigo reconhece que, ao longo de sua trajetória no Sistema ONU, pôde observar maior força de vontade da organização em reconhecer a diversidade. A presença da juventude, nesse espaço, é certamente marcante e, mais importante, dentro do próprio segmento de juventude estão lgbtq+, indígenas, quilombolas, mulheres negras.
"Aprendi que a juventude não é um termo no singular e hoje entendo qual é o conceito de juventudes. Estamos falando de grupos totalmente diversos, mas que precisam de uma atenção igual", afirmou.
Já para o coordenador da Unidade de Estado de Direito do UNODC, Nívio Nascimento, que faz parte da equipe do UNODC desde 2008, "o cenário da ONU era bem diferente. Tanto esse cenário do Dia da Juventude, como no cotidiano das agências. Acho que a ONU está se tornando cada vez mais jovem, cada vez mais diversa", comentou.
Compreendendo as reivindicações e sugestões que a juventude da ONU apresentou com o objetivo de responder ao tema da reunião, "a ONU que nós queremos", Nívio apontou a necessidade de seguir renovando o sistema e que agora o desafio está com as novas gerações: "vários de vocês estarão no dia a dia das agências e do sistema: o desafio está com vocês. Muitos [...] estarão à frente dessa organização muito em breve e é necessário aprender com as missões do passado e criar novos caminhos", concluiu.
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