Acordo histórico entre Colômbia e UNODC pode ajudar agricultores a adotar alternativas ao cultivo de coca
8 de novembro de 2017 - A Colômbia e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) assinaram na última sexta-feira (3) um acordo histórico, avaliado em cerca de US$ 315 milhões, para monitorar a política do país com o objetivo de reduzir a cultura ilícita e fortalecer o desenvolvimento rural, como elemento crucial dos esforços de paz em curso naquele país.
Em discurso durante cerimônia oficial de assinatura, o Diretor Executivo do UNODC, Yury Fedotov, declarou: "Este acordo destaca a importância de enfrentar os desafios da droga e do crime para promover a paz e a segurança, os direitos humanos e o desenvolvimento".
Também acrescentou: "Agradecemos a confiança que a Colômbia continua a depositar no UNODC e pretendemos atuar para honrar essa confiança". Em sua fala, o Alto Comissário para Pós-Conflitos, Direitos Humanos e Segurança da Colômbia, Rafael Pardo Rueda declarou: "Hoje chegamos a Viena e ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime com uma mensagem de esperança. Estamos trabalhando com energia e otimismo na construção de oportunidades, de progresso e de justiça social ".
A cerimônia oficial de assinatura foi realizada no Centro Internacional de Viena, na presença de representantes dos Estados-membros e funcionários das organizações com sede em Viena. Fedotov assinou o Acordo em nome do UNODC, enquanto Mariana Escobar Arango, Diretora Geral da Agência de Renovação Territorial, o assinou em nome da Colômbia. O Alto Comissário Pardo Rueda também o assinou na condição de testemunha de honra.
O UNODC tem sido um forte e comprometido apoiador das atividades da Colômbia para encorajar as comunidades locais a abandonar voluntariamente o cultivo de coca. O novo projeto irá aprimorar esse suporte e baseia-se na experiência de décadas do UNODC em trabalhar com comunidades agrícolas em todo o mundo.
Fedotov também reafirmou o apoio total do UNODC para a implementação do processo de paz, particularmente no Capítulo 4: Resolver o problema das drogas ilícitas.
Em uma declaração para a imprensa, ele reiterou: "Eu felicito calorosamente o governo colombiano, não apenas pelos incessantes esforços para encontrar a paz, mas também pelo reconhecimento de que a busca da paz exige soluções tangíveis aos crimes que alimentam conflitos".
"Este é o maior projeto da história colombiana com o UNODC. O conhecimento e a neutralidade das Nações Unidas são garantias para a implementação do monitoramento e da avaliação de nossa política de redução de culturas ilícitas", observou Rueda em comunicado.
Ele adicionou: "Chegamos a Viena hoje, poucos dias antes de comemorar o primeiro ano de paz na Colômbia, com uma mensagem de esperança: estamos trabalhando na construção de oportunidades. Alcançar uma solução para o problema das drogas ilícitas começa com a luta contra organizações criminosas, lançando programas sustentáveis e inclusivos e buscando alternativas para a aplicação de uma abordagem diferenciada dentro do sistema de justiça criminal ".
O Alto Comissário destacou a experiência do UNODC no desenvolvimento, na implementação, no monitoramento e na avaliação da política de redução de culturas ilícitas, bem como a ampla experiência em intervenções territoriais, por meio de programas de desenvolvimento alternativo. Ele destacou que o projeto de cooperação é um novo capítulo da história da aliança estratégica entre o UNODC e a Colômbia.
O desenvolvimento alternativo - o processo de incentivar os agricultores a cultivar culturas lícitas como o cacau, as especiarias e o café - é um pilar fundamental da estratégia internacional de controle de drogas. O UNODC implementou esses programas há mais de 30 anos.
O UNODC atualmente apóia programas de desenvolvimento alternativo em seis países: Afeganistão, Bolívia, Colômbia, RDP Lao, Mianmar e Peru. Na Colômbia, 65% do trabalho do UNODC está relacionado ao Desenvolvimento Alternativo.
Para mais informações:
UNODC's work on Alternative Development
We thank our UN Online Volunteer, Juliana Nogueira, for her contribution to the translation of this article. Juliana is an online volunteer mobilised through www.onlinevolunteering.org".