BRICS concordam sobre necessidade de cooperar no combate às epidemias de HIV e tuberculose
Foto: EBC/Jehgas Preotto |
18 de outubro de 2016 - No encerramento da Cúpula do BRICS de 2016 em Goa, na Índia, os líderes do grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ressaltaram a necessidade inadiável de melhorar a cooperação e a ação para responder às epidemias de HIV e tuberculose.
Na declaração conjunta, os líderes enfatizaram a importância da cooperação entre os países do BRICS na promoção da pesquisa e no desenvolvimento de produtos farmacêuticos e ferramentas de diagnóstico locais, a fim de facilitar o acesso a medicamentos seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis.
A Declaração de Goa, adotada ao fim da reunião de cúpula de dois dias, também registrou os esforços feitos por Ministros da Saúde do BRICS para alcançar as metas 90-90- 90 até 2020, em que 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas (testadas); que destas, 90% estejam em tratamento; e que deste grupo, 90% tenha carga viral indetectável.
A declaração também destacou a Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o Fim da AIDS, que aconteceu em Nova York (EUA), em junho de 2016. Durante a reunião, os países se comprometeram em seguir a meta de Aceleração da Resposta ao HIV para acabar com a epidemia de AIDS até 2030.
No final de 2015, uma em cada três pessoas que vivem com HIV residiam em um país do BRICS. No mesmo ano, essas nações também contabilizaram quase um terço das novas infecções por HIV.
"A liderança contínua dos países do BRICS será essencial para acabar com a epidemia de AIDS", disse o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé. "A Cooperação Sul-Sul será fundamental para alcançar as metas 90-90-90, que têm o objetivo de acelerar e intensificar os nossos esforços na resposta ao HIV com o objetivo de salvar vidas", acrescentou.
As metas 90-90-90 são parte da Aceleração da Resposta ao HIV que visa a alcançar marcos ambiciosos até 2020, incluindo a redução para menos de 500 mil novas infecções pelo HIV, menos de 500 mil mortes relacionadas à AIDS e a eliminação da discriminação relacionada ao HIV.
Estima-se que o fracasso em acelerar a resposta ao HIV resultaria em 17,6 milhões de novas infecções adicionais pelo HIV em todo o mundo e um adicional de 10,8 milhões de mortes relacionadas à AIDS entre 2016 e 2030.