ONU cumprimenta Brasil por conclusão bem sucedida das Olimpíadas

 

Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão 

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cumprimentou o Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, o povo brasileiro, o Comitê Organizador da Rio 2016 e o Comitê Olímpico Internacional pelo encerramento bem sucedido dos Jogos Olímpicos, de acordo com comunicado emitido por seu porta-voz nesta segunda-feira (22).

"Tendo o prazer e a honra mais cedo neste mês de ter participado da cerimônia de abertura, do revezamento da Tocha Olímpica, da visita à Vila Olímpica, se reunido com a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados e participado de alguns eventos, o secretário-geral apreciou profundamente a hospitalidade, a diversidade e a capacidade do povo brasileiro e do mundo esportivo, mobilizados nas primeiras Olimpíadas da América Latina."

Após duas semanas de competições, disputas e dezenas de recordes, os Jogos Rio 2016 foram encerrados no domingo (21), tendo como um dos seus principais legados a participação da inédita   Equipe Olímpica de Atletas Refugiados.

 

   Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão

De acordo com o porta-voz, o secretário-geral aplaudiu este histórico evento e encorajou todos os atores a garantir a construção do desenvolvimento sustentável nos Jogos.

Equipe Olímpica de Atletas Refugiados

Composta por dez atletas de quatro nacionalidades diferentes, a equipe participou das competições de natação, judô e atletismo. Mesmo sem conquistar medalha, foi uma das equipes mais aplaudidas pelo público durante os Jogos - desde a festa de abertura até o encerramento - e recebeu vasta cobertura de veículos de comunicação de todo o mundo.

Atletas refugiados tornaram-se estrelas da Vila Olímpica, recebendo pedidos de fotos por parte de competidores. Durante a cerimônia de encerramento, no estádio do Maracanã, a equipe mereceu uma menção especial do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach.

"Obrigado, caros atletas refugiados. Vocês nos inspiraram com seu talento e espírito humano. Vocês são um símbolo de esperança para milhões de refugiados no mundo e terão um lugar no nossos corações para sempre", afirmou Bach.

 

Último integrante da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados a competir na Rio 2016, o etíope Yonas Kinde concluiu maratona em 90º lugar. Foto: ACNUR/B. Loyseau

O último atleta da equipe a participar da Rio 2016 foi o etíope Yonas Kinde, que correu a tradicional prova da maratona e chegou em 90º lugar, com o tempo de duas horas e 24 minutos. Assim como os demais atletas refugiados, Yonas declarou estar satisfeito com seu desempenho e ressaltou a importância da participação da equipe nos Jogos.

"Estamos mostrando às pessoas que somos seres humanos. Devemos lembrar os milhões de refugiados e mostrar nosso respeito e amor a essas pessoas", disse Yonas, logo após concluir a maratona. "Hoje, com minha performance, mostrei que todos os refugiados podem fazer algo importante. Não apenas no atletismo, mas em qualquer outra coisa", ressaltou o atleta.

A capacidade de realização, determinação e superação dos refugiados foi naturalmente ressaltada pela equipe, em todas as competições das quais participou. Após visitar os atletas no último fim de semana, a vice-chefe da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Kelly Clements, afirmou que os atletas "são um símbolo máximo de espírito humano, determinação e paixão". Para ela, os atletas representam "histórias verdadeiras de coragem e heroísmo".

Sobre os resultados alcançados nas provas da Rio 2016, Clements lembrou que as Olimpíadas não têm a ver necessariamente com ganhar. Ela disse que "o espírito olímpico está relacionado com a maneira de competir e se apresentar".

Nesse sentido, Clements disse acreditar que os atletas refugiados "são verdadeiramente olímpicos" e que a equipe mostrou que "há razões para esperança" em relação às soluções para a maior crise de refugiados da história desde a Segunda Guerra Mundial.

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