Projeto "A Liberdade de Olhar" leva discussão sobre HIV/Aids para presídio do Distrito Federal
Brasília, 05 de dezembro de 2014 - Como parte das ações realizadas no Dia 01 de dezembro para celebrar o Dia Mundial da Aids, o Representante do Escritório de Ligação e Parceria do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Rafael Franzini, e a Oficial de Programa para HIV/Aids do UNODC, Nara Santos, estiveram presentes nas oficinas do Projeto a Liberdade de Olhar, que foram iniciadas pelo UNODC no dia 10 de novembro no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Brasília.
Durante a oficina, uma importante discussão sobre HIV/Aids no cotidiano das prisões foi promovida. Quando perguntados se possuíam informações sobre HIV/Aids um deles respondeu "Nunca tive acesso a informação sobre HIV e Aids". Outros afirmaram possuir apenas informações básicas que foram obtidas, em sua maioria, por meio de programas de televisão.
Outro ponto importante abordado durante a discussão foi sobre a distribuição e uso do preservativo nos presídios. "A camisinha está disponível no presídio, mas a gente só pega pra brincar. Ninguém usa preservativo aqui dentro", afirmou um dos internos.
Finalmente, também foi discutido o tema da distribuição de testes, PEP Kits e coquetel para os portadores do vírus HIV. Felizmente, os depoimentos dos internos sobre esses temas foram bastante positivos. Todos os internos que já tiveram algum contato com portadores do vírus no sistema prisional afirmaram que a distribuição do coquetel é efetiva no presídio. Além disso, os que já passaram por situações de risco de transmissão do vírus dentro do presídio foram prontamente atendidos pelos profissionais de saúde e tiveram acesso aos PEP Kits.
Apesar da distribuição efetiva da medicação e do preservativo na unidade prisional, esses depoimentos demonstram que ainda há grande desinformação sobre o tema de HIV/Aids. Daí a importância de projetos como "A Liberdade de Olhar" que levam para o cotidiano dos presídios discussão, informação e conscientização sobre direitos humanos com foco em saúde, violência e gênero.