Fórum em Bogotá discute possíveis soluções para drogas ilícitas
Representante do UNODC no Brasil, Rafael Franzini, fala durante o fórum
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Bogotá, 3 de outubro de 2013 - A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Universidade Nacional da Colômbia organizaram na semana passada o Fórum Nacional sobre a Solução para o Problema das Drogas Ilícitas. O evento foi realizado em Bogotá entre 24 e 26 de setembro, com mais de 1.000 participantes. A lista de palestrantes incluiu convidados nacionais e internacionais, acadêmicos, líderes de organizações sociais e étnicas de vários territórios da Colômbia e funcionários de organizações globais.
Entre os participantes estavam também o Representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) na Colômbia, Bo Mathiasen, e o Secretário Executivo da Comissão Interamericana para o Controle e Abuso de Drogas (CICAD) da Organização dos Estados Americanos (OEA), Paul Simons.
O Representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC no Brasil, Rafael Franzini, prestigiou o fórum e participou do primeiro painel internacional, no qual destacou: "A concepção de políticas sobre drogas deve olhar profundamente para os direitos humanos, sua vigência e preservação; os direitos humanos na execução da lei, os direitos dos acusado e dos condenado, assim como dos usuários problemáticos que devem ser considerados doentes e não estar sujeitos a sanções penais, uma vez que não se pode tratar uma pessoa doente como um criminoso".
Além disso, durante o fórum o Coordenador Residente das Nações Unidas na Colômbia, Fabrizio Hochschild, destacou que através do UNODC foi identificada a recorrência da presença de cultivos ilícitos em áreas com pouca ou nenhuma presença do Estado, baixos índices de desenvolvimento humano, forte presença de grupos armados ilegais e altos níveis de conflito e violência.
"A economia dessas regiões é fraca e, na maioria dos casos, os cultivadores de coca não ganham mais que os outros camponeses e agricultores. Hoje não é certo que os agricultores recebam ganhos extraordinários graças aos cultivos ilícitos. Por outro lado, os cultivos alternativos são muito exigidos pelos produtores. Há uma grande necessidade de programas de desenvolvimento alternativo, infra-estrutura e acesso ao mercado", disse Hochschild.
*Com informações da Nações Unidas na Colômbia e da Agência de Notícias da Universidade Nacional da Colômbia