ONU quer reduzir novas infecções de HIV/aids para zero e reúne lideres mundiais para reunião histórica

08 de junho de 2011 · Mais de três mil pessoas se reúnem, a partir de hoje (08/06), na sede das Nações Unidas em Nova York (EUA), na Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a AIDS. O encontro, que acontece até 10 de junho, pretende fazer um balanço dos avanços e desafios dos últimos 30 anos e de definir o futuro da resposta à AIDS.

A Reunião de Alto Nível sobre HIV/AIDS acontece 10 anos depois da histórica Sessão Especial das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, e da assinatura, em 2006, da Declaração Política na qual os Estados-Membros assumiram o compromisso de avançar no acesso universal à prevenção, ao tratamento, aos cuidados e apoio aos infectados pelo HIV.

Mais de 30 chefes de Estado e de Governo e Vice-Presidentes estão sendo esperados para a reunião, que incluirá plenárias oficiais e cinco painéis, além de outros 40 eventos paralelos. No último dia da Reunião de Alto Nível sobre a AIDS, os Estados-Membros da ONU deverão adotar uma declaração que irá guiar a resposta dos países ao HIV pelos próximos cinco anos.

A abertura e o encerramento das sessões plenárias serão presididos pelo Presidente da Assembleia Geral da ONU, Joseph Deiss, que afirmou que "a dinâmica em torno desta reunião é inédita e promete fazer deste um evento histórico. Esperamos que os Estados-Membros da ONU assumam compromissos fortes, que nos ajudarão a alcançar nosso objetivo comum de zero novas infecções pelo HIV, zero discriminação e zero mortes relacionadas à AIDS."

Embora alguns países ainda lutem para alcançar suas metas de acesso universal, muitos têm feito progressos significativos na resposta à epidemia. 22 países alcançaram o acesso universal aos serviços que impedem a transmissão do HIV de mãe para filho.

Além de casos de sucesso em nível nacional, um progresso considerável tem sido feito na resposta global ao HIV desde a Sessão Especial das Nações Unidas sobre HIV/AIDS de 2001. A taxa de novas infecções por HIV diminuiu 25% nos últimos dez anos, as mortes foram reduzidas em 20% nos últimos cinco anos e 6,6 milhões de pessoas têm acesso à terapia antirretroviral, em comparação com apenas alguns milhares em 2001. Progresso foi feito também na quebra das barreiras do estigma e da discriminação e na eliminação de leis punitivas, como as restrições de viagens para pessoas vivendo com HIV.

"A desigualdade, a discriminação e as leis contra as pessoas que vivem com - ou que correm o risco de viver com - o HIV continuam bloqueando o acesso aos serviços do HIV para as pessoas mais necessitadas", declarou o Diretor Executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), Michel Sidibé. "Precisamos de uma resposta ao HIV que seja fundada nos direitos humanos e que promova a igualdade e a equidade. Alcançar esta resposta vai abrir o caminho para um mundo livre do HIV."

O UNAIDS relatou recentemente que, apesar dos sucessos na prevenção e no tratamento do HIV, mais do que nunca existem pessoas vivendo com o vírus - 34 milhões de acordo com as últimas estimativas. Também foi relatado que o financiamento internacional para a AIDS diminuiu.

Todas as reuniões plenárias, os painéis, conferências de imprensa e a maioria dos eventos paralelos serão transmitidas ao vivo em: http://j.mp/lu2nDm

Para mais informações e acessar a programação completa do evento, visite o website oficial:  http://www.un.org/en/ga/aidsmeeting2011/

Contatos para a imprensa

UNAIDS | Sophie Barton-Knott | tel. +41 79 514 6896 | bartonknotts@unaids.org

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