Homenagem do UNAIDS ao presidente Lula e nova campanha marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids no Brasil
1º de dezembro de 2010 - Mais difícil do que viver com o HIV/aids é ter que conviver com o preconceito. Esse é o tema da campanha de luta contra a aids deste ano no Brasil, lançada hoje no Palácio do Itamaraty, em comemoração do Dia Mundial da Luta contra a Aids. Durante a cerimônia, o presidente Lula da Silva foi homenageado com "Prêmio do UNAIDS para a Liderança", concedido em reconhecimento pela sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social, assim como pela resposta à aids. O prêmio também reconhece o papel do presidente Lula da Silva na construção de justiça social, por meio da redução da pobreza e a aceleção do progresso do país no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
O diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, UNAIDS, Michel Sidibé, ressaltou o papel do presidente Lula para o desenvolvimento."O presidente Lula é um líder cujas ações ousadas em relação à aids vêm transformando vidas no mundo inteiro. Ele é um parceiro para o desenvolvimento das nações, defende o fim da discriminação e desconstrói barreiras", disse.
De acordo com pesquisas sobre o comportamento da população brasileira, apesar das formas corretas de prevenção do HIV/aids serem bem difundidas no país, o preconceito e a discriminação às pessoas vivendo com o HIV/aids ainda prevalecem na sociedade brasileira. Com frequência, após o diagnóstico positivo, os portadores do HIV/aids sofrem com exclusão no mercado de trabalho e na vida social. Lamentavelmente, existe a percepção de que as pessoas vivendo com HIV/aids são cidadãos de segunda categoria. A estigmatização dos soropositivos provoca o isolamento dessas pessoas por medo de falar sobre a sorologia, além da preocupação com a prevenção do outro.
Por registrarem o maior número de parceiros casuais - 14,6% dos jovens tiveram mais de cinco parcerias eventuais - este ano a campanha no Brasil será focada nos jovens entre 15 e 24 anos de idade. De acordo com dados do Ministério da Saúde, apesar de usarem mais o preservativo, o uso não é consistente entre os jovens, isso porque, depois da primeira relação sexual, o uso do preservativo cai de 61% para 50% nas relações casuais.
Com o slogan "A aids não tem preconceito. Você também não deve ter", a campanha é composta pela exposição itinerante de um ensaio fotográfico protagonizado por 15 jovens que vivem com HIV/aids e artistas nacionalmente reconhecidos. As imagens representam intimidade, proximidade e solidariedade, demonstrando que amor, carinho e respeito não transmitem o HIV.
O objetivo da campanha, coordenada pelo Departamento de DST/AIDS e Hepatites virais, do Ministério da Saúde, com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, UNAIDS, é retomar o tema da solidariedade com os portadores do HIV/aids e acabar com o preconceito, a estigamatização e a discriminação contra eles. A idéia é dar maior visibilidade às questões do viver com HIV/aids e mostrar que quem vive com o HIV/aids pode trabalhar, estudar, praticar esportes, namorar e fazer sexo com camisinha, como todo mundo. E que o mais difícil de viver com o HIV/aids é ter que conviver com o preconceito. Além da exposição a campanha contra com cartazes, folders e material de divulgação que será veiculado em TVs, rádios, mobiliários urbanos e internet.
O Ministério da Saúde do Brasil também lançou o Boletim Epidemiológico da aids no país e premiou os oito jovens vencedores do concurso literário Vidas em Crônica, que este ano teve como tema o cotidiano de quem vive com HIV. As histórias reais, servirão de base para a edição de três publicações especiais do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde. Já o UNAIDS lançou uma série de especial de publicações em português sobre tema.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) faz parte do UNAIDS e apóia os governos em suas ações na luta contra a aids.
Acesse as publicações em português lançadas pelo UNAIDS
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