Combater a corrupção para proteger o desenvolvimento
8 de dezembro de 2009 - Por ocasião do Dia Internacional contra a Corrupção, celebrado em 9 de dezembro, as Nações Unidas alertam que a corrupção prejudica desenvolvimento e é um dos maiores impedimentos para se alcançar os Objetivos do Milênio.
"Quando os recursos públicos são roubados para obter benefícios pessoais, diminuem os recursos destinados à construção de escolas, hospitais, estradas e instalações de tratamento da água. Quando a ajuda externa é desviada para contas bancárias privadas, os grandes projetos de infraestrutura são suspensos", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. E fez um alerta: "as pessoas mais vulneráveis são as primeiras a ser afetadas e as que mais sofrem".
"A corrupção mina a capacidade dos governos de agir e de servir a seu povo. Ela diminui os recursos de financiamento para a redução da pobreza e desestimula os investimentos na economia", disse a administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark.
O slogan da campanha conjunta do UNODC e do PNUD em 2009 é "cada NÃO conta". "A corrupção não é uma força impessoal, mas o resultado de decisões pessoais, quase sempre motivada pela ganância", disse o secretário-geral. Ele convidou a todas a fazer uma promessa: "nunca aceitar nem oferecer um suborno". "Se todos vivermos de acordo com este lema, o nosso mundo será um mundo mais honesto e multiplicaremos as oportunidades de realizar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", disse Ban.
Por meio de uma série de seis cartazes, além de material on-line, a campanha "Cada NÃO conta" mostra como a corrupção impede o acesso da população à educação, à saúde e à justiça, limitando a sua possibilidade de prosperar e minando a democracia.
O diretor-executivo do UNODC, Antonio Maria Costa, homenageou os "heróis da integridade: agentes da luta anticorrupção que não têm medo de ir atrás dos 'peixes grandes', delatores que arriscam seus empregos para expor as fraudes, jornalistas que arriscam suas vidas para investigar casos de corrupção e relatar a verdade e os promotores que defendem a Justiça, mesmo sob o ataque de forças poderosas".
O secretário-geral pediu aos integrantes dos setores público e privado a fazer um uso mais eficaz da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, "o instrumento jurídico global mais importante para a construção de integridade e para o combate à corrupção". Esse instrumento se tornou ainda mais forte a partir do acordo sobre um mecanismo de revisão de implementação da Convenção contra a Corrupção, realizado em recente sessão da Conferência dos Estados Partes, realizada em Doha, no Catar.
"O setor privado não deve ficar atrás dos governos", disse o secretário-geral, "Exorto o setor privado a adotar medidas contrárias à corrupção inspiradas na Convenção das Nações Unidas. As empresas, em particular as que aderem ao décimo princípio do Pacto Global, relativo à luta contra a corrupção, devem se comprometer a não atuar de má fé e a aceitar ser examinadas pelos seus pares, de modo a garantir que todos sejam regidos pelas mesmas regras".
Leia na íntegra a mensagem na do secretário-geral da ONU
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