Doações ajudam o combate às drogas e ao crime na África Ocidental
Viena, 4 de dezembro de 2009 - Durante um evento realizado em Viena, no dia 3 de dezembro, foram arrecadados mais de 15 milhões de euros em doações para ajudar a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS) a reduzir a vulnerabilidade da região às drogas e ao crime.
O encontro, organizado pelo UNODC e pela Áustria, faz parte do chamado Processo de Praia, lançado durante uma reunião ministerial em Cabo Verde há um ano, em resposta ao periogos aumento do tráfico de cocaína na África Ocidental.
Embora as apreensões de drogas tenham diminuído nos últimos 18 meses, a África Ocidental é ainda uma das principais rotas de tráfico entre a América Latina e a Europa. Além disso, a recente descoberta de precursores químicos em Guinea aponta que a região está se tornando uma produtora de drogas sintéticas. Os índices de adição também estão aumentando na África Ocidental. "Os carteis de drogas estão tão grandes e poderosos que estão minando alguns governos", disse o presidente da ECOWAS, Mohamed Ibn Chambas.
O representante especial da Secretaria-Geral da ONU na África Ocidental, Said Djinnit, disse que as redes de crime estão "mudando seu modus operandi e se tornando cada vez mais bem equipados e mais sofisticados". Ele fez um apelo aos doadores "para resolver as causas ocultas que tornam a região vulnerável ao crime organizado".
O Diretor-Executivo do UNODC, Antonio Maria Costa, alertou que "os traficantes de drogas estão se adaptando à região mais rapidamente do que a capacidade de agir da comunidade internacional". Ele pediu mais assistência para o tratamento a usuários de drogas e para a reforma no sistema de justiça criminal da África Ocidental. Ele destacou ainda os esforços das Nações Unidas como um modelo de cooperação.
Os doadores fizeram promessas de apoiar o plano de ação da ECOWAS no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado (2008-2011). Somente a Comissão Europeia prometeu 15 milhões de euros. "Está é uma clara demonstração de responsabilidade compartilhada", disse Chambas.