UNODC luta contra o HIV/aids no sul da África e no Brasil
19 de novembro de 2009 - O HIV/aids é um problema especialmente sensível nas populações carcerárias e as de usuários de drogas injetáveis. Em quase todos os países, a prevalência de HIV nas prisões é maior do que nas comunidades.
Em todo o mundo, o alto índice de pessoas infectadas pelo vírus em populações carcerárias é um sério problema para a comunidade em geral. A falta de conhecimento sobre os riscos de se contrair o vírus entre prisioneiros, somada à ausência de medidas preventivas e de serviços de saúde adequados, eleva o risco de infecção nessa população. Após a libertação, muitos retornam à comunidade e retomam comportamentos prévios, tais como relações sexuais com múltiplos parceiros e uso de drogas injetáveis. O resultado disso é o aumento dos riscos de infecção para a comunidade como um todo.
A epidemia do HIV entre usuários de drogas injetáveis varia de país a país, e também é diferente nas distintas regiões de cada país. No entanto, é comum que, uma vez que o vírus é introduzido numa comunidade de usuários de drogas injetáveis, a prevalência dos portadores pode subir para 90% em menos de dois anos.
O UNODC está trabalhando ao redor do mundo para ajudar aqueles que são afetados pelo vírus e, quando possível, prevenir sua disseminação entre os mais vulneráveis.
No Sul da África, o UNODC, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Banco Mundial e o UNAIDS, lançou a Rede de Parceira sobre HIV em Prisões Africanas (AHPPN), no dia 18 de novembro. A rede vai apoiar os esforços de atores do sul e do leste da África para implementar medidas eficazes nas prisões da região, sempre dentro de umas perceptiva de direitos humanos. Isso será feito por meio da sensibilização e da facilitação de cooperação internacional, nacional e multisetorial. A rede tem como objetivo aumentar a troca de conhecimentos entre os membros do governo e a sociedade civil.
A fim de apoiar as atividades, o site da
AHPPN foi lançado para facilitar a informação e a troca de ideias. Uma das vantagens será a possibilidade de conectar os agentes de diferentes continentes e quebrar a divisão geográfica que existe entre pessoas com interesses em comum.
Existem fatores importantes que influenciam a decisão de uma pessoa de se deixar contrabandear. Todos eles devem ser tratados de forma ampla, por meio de uma visão que englobe diferentes atores sociais, tais como os Estados Membros, a sociedade civil, as universidades, os meios de comunicação, as instituições estatais e os organismos internacionaisBrasil
No Brasil, o UNODC se uniu ao governo brasileiro, à organização não governamental Pacto Brasil e à USAID para criar um programa de apoio direcionado a jovens líderes que convivem com o HIV/aids. Durante três meses, vinte e três jovens participam de um programa de treinamento que aborda o conhecimento necessário sobre políticas relacionadas à HIV e AIDS. Depois do treinamento, eles serão submetidos a oito meses de trabalho em organizações governamentais e não-governamentais brasileiras que estão envolvidas no combate à epidemia de aids.
O treinamento serve também como um fórum, no qual os jovens podem compartilhar experiências uns com os outros e receber informações sobre seus direitos com pessoas vivendo com o HIV/aids, que poderão ser utilizadas além do processo de formação.
O UNODC é um dos co-patrocinadores do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS) e é a agência líder da família UNAIDS para a prevenção e tratamento do HIV/aids entre usuários de drogas injetáveis e na população carcerária.