UNODC e SENAD discutem políticas sobre drogas na TV Senado

Photo: UNODC21 de julho de 2009   - As estratégias nacionais e internacionais de prevenção ao uso abusivo de drogas e de enfrentamento ao tráfico foram discutidas na última edição do programa Cidadania, da TV Senado, que contou com a participação do representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Brasil e Cone Sul, Bo Mathiasen, e do secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, general Paulo Roberto Uchôa, com mediação do jornalista Armando Rollemberg. O programa foi ao ar no fim de semana e será reprisado nesta quarta-feira (22), às 8h30, e, na sexta-feira (24), às 19h30.

Na parte inicial do programa, Mathiasen apresentou um panorama com os principais dados e análises de tendências do Relatório Mundial sobre Drogas 2009 , divulgado pelo UNODC em 24 de junho deste ano. Por sua vez, o general Uchôa lembrou o fato de o Brasil fazer fronteira com os três principais países produtores de cocaína no mundo - Bolívia, Colômbia e Peru - e com o maior produtor de maconha da América do Sul, o Paraguai. De acordo com o secretário, essa divisa soma 9 mil quilômetros de extensão, o que coloca o Brasil em uma posição geograficamente única na rota do tráfico internacional de drogas.

Durantes os debate os convidados puderam abordar diferentes assuntos relacionados à questão das drogas, como a importância dos projetos de prevenção e de redução de danos, descriminalização e legalização, a questão das drogas lícitas, as especificidades do crack e também discutir estratégias específicas como a realizada pela Holanda. "Nenhum país membro da ONU tem a menor simpatia pela legalização, principalmente da maconha", afirmou Uchôa, em concordância com o representante do UNODC. "As drogas não são danosas porque são ilegais. Elas são ilegais porque são danosas", arrematou Mathiasen.

O representante do UNODC destacou ainda "a importância das polícias nacionais em todo o mundo na repressão aos grandes traficantes e não aos pequenos usuários". Segundo Mathiasen, o foco nos pequenos usuários não é eficiente no combate às drogas. Para o general Uchôa, outro fator importante na luta é a integração de diversos setores como saúde, educação, cultura e esportes, além da municipalização das políticas preventivas e da participação da sociedade.

Como assistir

A TV Senado pode ser sintonizada nos canais UHF 36, no Gama (DF); 40, em João Pessoa (PB); 43, em Fortaleza (CE); 51, em Brasília (DF); 52, em Natal (RN); 53, em Salvador (BA); 55, em Recife (PE); e 57, em Manaus (AM); pelos canais de assinatura 7, da Net Brasília; 17, da Tecsat; 118, da Sky; e 217, da DirecTV; ou ainda ser acompanhada ao vivo pelo site www.senado.gov.br/tv.

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