Documento técnico do UNODC "Da Coerção à Coesão" é tema de seminário em Jundiaí

 

Mesa de abertura do seminário

Brasília, 14 de Maio de 2015 - No dia 13 de Maio, a cidade de Jundiaí em São Paulo deu início à programação do Mês da Luta Antimanicomial de Jundiaí.  A abertura se deu com a realização do seminário "Da Coerção à Coesão: por uma política sobre drogas pública e não segregativa", fazendo menção ao documento técnico  Da Coerção à Coesão - Tratamento da Dependência de drogas por meio de cuidados em saúde e não da punição, publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em 2010.

O seminário teve por objetivo inserir o debate sobre as políticas de drogas e seu impacto na saúde nas atividades do município para a comemoração dos avanços do Movimento da Luta Antimanicomial no Brasil. Importante ressaltar que em Jundiaí a rede municipal de saúde mental passa por um processo de reorganização e ampliação do atendimento, conforme preconizado pelo Ministério de Saúde para a organização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

A abertura do evento contou com a participação do Secretário Municipal de Saúde, Luís Carlos Casarin, que destacou que a atual gestão está implementando novos modos e olhares em todas as dimensões da rede de atenção à saúde em Jundiaí.

Participaram ainda da mesa de abertura o presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Jundiaí (Comad), Edivaldo Fernandes da Silva, a Diretora de Atenção Básica, Luciana Surjus, o vice-diretor da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Edmir Américo Lourenço, o diretor-presidente da Escola de Governo e Gestão, Marcelo Lo Mônaco, a professora de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Paula Vilela Nunes, e Joana Lima, representando os usuários do Caps.

 

Nara Santos, Oficial de Programa de Saúde e Desenvolvimento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) participou da mesa "Mudança de Paradigma: da abstinência à redução de danos". Nara trouxe para a discussão uma perspectiva internacional do debate sobre as políticas de drogas. 

"É importante que essas discussões e reflexões sobre políticas de drogas estejam ocorrendo em âmbito nacional, pois essa rediscussão também tem sido bastante frequente no cenário internacional", destacou Nara Santos. Ela ressaltou ainda que no ano que vem será realizada a UNGASS 2016 (Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o Problema Mundial das Drogas) e que essas discussões locais são muito importantes e podem contribuir bastante para o debate na medida em que oferecem subsídios para a discussão que ocorrerá entre os Estados Membros das Nações Unidas.

 

A mesa também foi composta pelo Diretor de Articulação e Coordenação de Políticas da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), Leon Garcia, que relembrou o processo de reforma psiquiátrica no Brasil, que partiu da sociedade civil organizada e se tornou lei, estabelecendo novas diretrizes para a saúde mental no Brasil, comparando com o que está ocorrendo atualmente, com a discussão de políticas antidrogas. Também compuseram a mesa a Diretora de Atenção a Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Luciana Surjus, e a Coordenadora Técnica do CAPS AD CEAD de Jundiaí, Flávia Rangel do Nascimento.

 

Saiba mais sobre o Mês da Luta Antimanicomial de Jundiaí

A programação do Mês da Luta Antimanicomial de Jundiaí prossegue na terça (19), às 15h, com a exposição "Do Casulo ao Voo Livre", na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes. Às 16h, haverá a apresentação do filme "Si puo fare?" e, após a exibição, será realizado um debate com Stellamaris Pinheiro.

Na quarta (20) e na quinta (21), ocorre o 1º Encontro Regional de Caps IJ do Estado de São Paulo "É nóis no SUS: Ciranda de Direitos na RAPS pra molecada", que será realizado na Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Estão programados ainda o 2º Fórum de Saúde Mental de Jundiaí, na quinta (28), na Faculdade de Medicina de Jundiaí, e o Seminário Saúde Mental e Racismo, na sexta (29), no Clube 28 de Setembro.

Para encerrar o evento, na sexta (29), às 14h, está programada uma caminhada e atividades culturais em defesa da luta antimanicomial, na Praça Governador Pedro de Toledo, a Praça da Matriz, no Centro.

Com informações do site da Prefeitura de Jundiaí

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